Tsunamis são antigos. Há três mil anos o rei Davi já dizia: “Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles” (Salmo 32.6). Davi comparou este desastre natural com a desolação espiritual que invade a vida daqueles que não têm um “esconderijo que livra da aflição” (v.7). Ele viveu às margens do Mar Mediterrâneo, e deve ter presenciado ou sabia algo a respeito. Segundo registros arqueológicos, foi neste período bíblico que ocorreu um dos maiores maremotos que aniquilou a ilha de Creta, próximo às terras litorâneas de Israel.
O fato novo, por isto, são as impactantes imagens que transportam a humanidade para o Japão, e faz com que “todas as nações estejam desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas”. No entanto, se a imagem tem poder, vem à lembrança a foto daquela criança de quatro meses, encontrada viva entre os escombros do tsunami, e que se tornou símbolo de esperança no Japão. Algo que remete à imagem da criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. “Não tenham medo”, disse o anjo aos pastores de Belém, porque este menino vai salvar vocês. Já crescido, ele acalmou o mar, e todos ficaram admirados: “Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?” (Mateus 8.27). É dele que Davi se refere ao confessar “Tu és o meu refúgio” quando surgem as grandes ondas.
Rev. Marcos Schmidt
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