O rev. Mário Rost foi eleito, na noite de sexta-feira, presidente do Conselho Diretor da IELB. O anúncio ocorreu na manhã desse sábado. A Comissão Eleitoral divulgará, ao longo do dia, o restante da nova composição do CD.
Palestras
As palestras da 6ª sessão abordaram o tema "Missão da Igreja e Evangelização - Aproveitando oportunidades". Nesse contexto foram apresentados os relatos da atuação nas escolas, hospitais, entidades sociais e missão trancultural. Abaixo o resumo do que foi apresentado:
Escolas - Rev. Luiz Alberto Silveira dos Santos
O palestrante disse que quando Nosso Senhor Jesus Cristo deu à sua igreja a missão de pregar o evangelho a todas as nações é bem possível que os discípulos não tenham percebido a dimensão dessa tarefa e suas implicações. "Hoje nós enfrentamos várias dificuldades em transmitir o evangelho, contudo há espaço para nossa igreja. Acredito que a dificuldade maior é a falta de pessoas com quem repartir o evangelho Se opastor não tem gente para ensinar e para quem pregar pregar, do que adianta a sã doutrina? Em outras palavras, de que adianta um bom médico se não há pacientes?", afirmou o rev. Luiz Alberto. Ele falou que grande carência missionária no mundo atual é encontrar um meio em que tenhamos acesso às pessoas e, de preferência, que as pessoas venham a nós inclinadas a ouvir-nos de boa vontade".
Diante disto, segundo o palestrante, temos bem justificada e mais do que acertada a iniciativa de muitas congregações luteranas de manterem em seu meio uma escola. "Uma escola com 450 alunos, por exemplo, tem um número aproximado de 1.500 pessoas dispostas a ouvir a mensagem da Palavra de Deus, semanalmente", disse. O rev. lembrou também que a implantação de uma escola cristã luterana serve também ao objetivo de ser a melhor opção para a instrução de seus próprios membros. "Nas escolas podem surgir grandes lideranças pastorais e leigas". O palestrante concluiu dizendo que o trabalho em instituição de ensino faz parte do DNA do luteranismo mundial. "O Reformados era professor e deu todo o incentivo possível ao acesso das crianças a uma instituição de ensino cristão. Temos que buscar outras pessoas para as nossas escolas e não apenas ter escolas para os filhos de luteranos, essa é uma forma de propagar nossa missão evangelizadora", finalizou.
Hospitais - Rev. Elbert David Jagnow
O rev. lembrou que nos hospitais encontramos pessoas fragilizadas como se fossem "um barco fora da água" e eles precisam de atenção, carinho, do amor divino e precisam expressar seus sentimos, suas emoções. "São pessoas que muitas vezes dependem totalmente dos outros para tarefas básicas como a higiene pessoal, por exemplo e em alguns casos não há quem faça isso, por uma série de motivos". Disse que a missão não é curar, mas ouvir, confortar e ajudar a carregar o fardo que os atinge naquele momento. "Muitas vezes são pessoas que não cuidaram de sua vida espiritual no passado e agora, quando sofrem, acham que Deus não atende seus pedidos e os castiga".
Segundo o palestrante o enfermo precisa muito da atenção espiritual correta, pois no hospital ficam a mercê de outras denominações religiosas que muitas vezes os deixam espiritualmente piores do que já se encontram. "Se nós não o fizermos, outros farão e nem sempre da melhor forma". Nosso dever é nos interessarmos por essas pessoas não importando o que ela foi no passado e o que ela fez". Lembrou as palavras de ânimo e incentivo encontradas na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25 -37). "Nessa parábola somos fortemente interpelados a ficarmos próximos dos que sofrem, mediante o respeito, a compreensão, a aceitação a ternura, a compaixão e a gratidão". Concluiu que o serviço de capelania hospitalar é um ato de amor, respeito, fé e cuidado com nossos irmãos. "Devemos mostrar aos enfermos, aos pacientes terminais que o Pai não deixou de amá-los e não os abandonou, jamais".
Entidades Sociais - Rev. José Daniel Steimetz
O palestrante disse ao plenário que a missão da igreja e evangelização têm grande oportunidades no trabalho de/em Entidades Sociais. "Cada vez mais, estamos dando conta disso, mas avançarmos, aprimeiria coisa que precisamos é crescer no entendimento de que a Diaconia, a Açãoo Social é parte inerente a vida da igreja. é resultado óbvio da fé".
O rev. informou que precisamos estar atentos as oportunidades missionárias junto às entidades sociais que atendem um público estimado, por baixo, em 95% de não luteranos. "O trabalho social em entidades é oportunidade absolutamente missonária". Citou o exemplo da comunidade da Cruz, onde trabalha, que tem ligação com três instituições a AELCA, ALN e Maria Tereza. "São 600 crianças diretamente atendidas, tirando 100, por ausência, outras 100 por serem bebês e ainda temos 400 crianças não luteranas que ouvem semanalmente a respeito do amor de Deus". O rev. Steimetz afirmou que, por diversos motivos, poucos virão a ser lutreranos. "Mas 100% não virão se não formos ao seu encontro e aproveitarmos essas oportunidades", garantiu.
Nas entidades essas pessoas se aproximam de nós para participar de cultos, receberem o Santo Batismo, conhecer as Boas Novas, usufruir da Santa Ceia, ter o ensino em forma de catequese/doutrina para os filhos, aconselhamentos, atendimentos sociais, grupo de funcionários, Parceiros Voluntários, Conselheiros. "Ficamos certos de que a Palavra não volta vazia, temos aí, oportunidade missionária inestimável". Concluiu dizendo que Jesus e o seu servir a cada um de nós com sua própria vida nos chama a imitá-lo, no trato com os demias a fim de obtermos bom testemunho dos de fora ao verem que nossas ações são pautadas pelo amor. O rev. convidou todas a abrirem seus braços, como fez Cristo, para acolher aos mais necessitados.
Missão Transcultural - Rev. Carlos Walter Winterle
O rev. Carlos Walter Winterle que atua na Congregação Luterana Internacional em Nairóbi, Quênia, disse que "a salvação será conhecida por todos" (Salmo 67.2) é uma realidade bem visível em seu lugar de atuação. Contou que ao sair do Brasil achou que estava indo "para os confins do mundo" (Atos 1.8), mas foi parar numa das encruzilhadas do mundo. "É impressionante a variedade de culturas, nações, tribos, raças, línguas (Apocalipse 7.9) que participam ou que já passaram pela nossa igreja". Winterle afirmou que vê a oportunidade de ministrar o Evangelho no meio de tal diversidade como um permanente Pentecostes, "Estavam habitando em Jerusalém (Nairóbi)....pessoas...vindas de todas as nações debaixo do céu(Atos 2.5). E estas pessoas, depois de ouvirem o Evangelho de Jesus, voltaram à sua terra levando consigo esta mensagem salvadora e o Evangelho foi espalhado por todo o mundo".
O palestrante contou como aproveita as oportunidades em Nairóbi. "Os visitantes são convidados a se apresentarem no final do culto, coletamos os e-mails e continuamos o contato enviando o Boletim Mensal da Missão e o Blog com o relatório das atividades e os desafios que temos na área de missão e na área social". Relatou as tribulações provocadas pela guerra civil provocada pelo diversidade tribal no Quênia, com episódios de violência extremada e muitas mortes. Winterle também falou das necessidades na área social, especialmente com os orfãos e soropositivos. "Nossa igreja cuida dessas pessoas sem distinção de religião, tribo ou origem racial. Aí está o grande gancho missionário nas congregações dos subúrbios da capital". Concluiu dizendo que "a salvação será conhecida por todos" e Cristo para Todos, também no Quênia. Na saudação final o rev. Winterle informou que renovou o comissionamento e seguirá a missão em Nairóbi. Também agradeceu todas as mensagens de carinho e apoio recebidas pela ocasião do falecimento de seu neto, em 2009.